O que é o Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama de Ishikawa, também chamado de Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama Espinha de Peixe, é uma ferramenta visual utilizada para identificar as causas de um problema. Ele foi desenvolvido pelo engenheiro químico japonês Kaoru Ishikawa na década de 1960 e se tornou um dos principais métodos dentro da Gestão da Qualidade Total (TQM).
Seu objetivo é mapear as possíveis causas de um problema e organizá-las de forma lógica, facilitando a análise e a tomada de decisão para a resolução da questão.
Por que usar o Diagrama de Causa e Efeito?
Empresas de diversos setores utilizam essa ferramenta para:
✔ Identificar e solucionar problemas de qualidade;
✔ Reduzir desperdícios e retrabalho;
✔ Melhorar processos produtivos e operacionais;
✔ Ajudar na tomada de decisões estratégicas.
Quando um problema acontece, nem sempre a causa é evidente. O Diagrama de Ishikawa ajuda a enxergar além dos sintomas e entender a raiz do problema, permitindo a aplicação de soluções mais eficazes.
Estrutura do Diagrama de Ishikawa
O diagrama é visualmente semelhante a uma espinha de peixe, onde o problema central é representado na “cabeça” e as possíveis causas são distribuídas ao longo de ramificações que lembram espinhas.
Geralmente, ele é dividido em seis categorias principais, conhecidas como 6M:
1️⃣ Mão de Obra – Problemas relacionados aos funcionários, treinamento e habilidades.
2️⃣ Método – Processos, padrões operacionais e procedimentos.
3️⃣ Materiais – Qualidade das matérias-primas e insumos utilizados.
4️⃣ Máquinas – Equipamentos, tecnologia e falhas mecânicas.
5️⃣ Meio Ambiente – Condições externas, como clima, espaço de trabalho e fatores culturais.
6️⃣ Medição – Erros em métricas, medições e dados utilizados para controle de qualidade.
Cada um desses fatores pode contribuir para a ocorrência do problema central, e a análise detalhada dessas categorias permite encontrar a raiz do problema e definir soluções.
Como aplicar o Diagrama de Ishikawa na sua empresa?
Agora que você entendeu o conceito do diagrama, veja um passo a passo para aplicá-lo na sua empresa:
1. Defina o problema a ser analisado
Antes de tudo, é essencial ter clareza sobre qual problema você deseja resolver. Para isso, defina um problema específico e objetivo.
Exemplos:
🔹 “Por que a taxa de defeitos no produto X aumentou?”
🔹 “Por que os clientes estão reclamando do tempo de entrega?”
Esse problema deve ser colocado no lado direito do diagrama, formando a “cabeça do peixe”.
2. Reúna uma equipe para análise
O Diagrama de Causa e Efeito é mais eficiente quando criado em equipe. Reúna profissionais de diferentes áreas que possam contribuir com perspectivas variadas sobre o problema.
3. Identifique as categorias de causas
Liste as seis categorias principais (Mão de Obra, Método, Materiais, Máquinas, Meio Ambiente e Medição). Se necessário, adapte essas categorias de acordo com o seu setor.
4. Mapeie todas as causas possíveis
Para cada categoria, identifique as possíveis causas do problema. Uma técnica muito útil nessa etapa é o brainstorming, onde a equipe discute e sugere hipóteses livremente.
Por exemplo, se o problema for “Aumento de defeitos no produto”, as causas podem ser:
✔ Mão de Obra: Falta de treinamento dos funcionários.
✔ Método: Processo de produção ineficiente.
✔ Materiais: Matéria-prima de baixa qualidade.
✔ Máquinas: Equipamentos desajustados.
✔ Meio Ambiente: Iluminação inadequada na fábrica.
✔ Medição: Erros na inspeção de qualidade.
5. Analise e priorize as causas principais
Depois de listar todas as possíveis causas, o próximo passo é avaliar quais têm maior impacto no problema. Algumas técnicas como o Diagrama de Pareto (80/20) podem ajudar a priorizar as causas mais relevantes.
6. Defina soluções e implemente melhorias
Com as causas principais identificadas, o próximo passo é definir ações corretivas para eliminar ou reduzir os problemas.
Exemplos de soluções:
🔹 Se a causa for falta de treinamento da equipe, implemente capacitações regulares.
🔹 Se o problema for qualidade da matéria-prima, busque novos fornecedores.
🔹 Se houver falhas no processo produtivo, revise os padrões operacionais.
7. Acompanhe os resultados
Após a implementação das ações corretivas, monitore os resultados para garantir que o problema foi resolvido. Caso contrário, o diagrama pode ser revisto para aprofundar a análise e buscar novas soluções.
Exemplo prático de aplicação do Diagrama de Ishikawa
Imagine que uma empresa de e-commerce identificou um aumento nas reclamações de clientes devido a atrasos nas entregas.
Após aplicar o Diagrama de Causa e Efeito, as possíveis causas foram:
✅ Mão de Obra – Falta de motoristas disponíveis nos horários de pico.
✅ Método – Planejamento ineficiente das rotas de entrega.
✅ Materiais – Embalagens inadequadas que exigem reembalagem antes do envio.
✅ Máquinas – Sistema de rastreamento de pedidos com falhas.
✅ Meio Ambiente – Trânsito intenso nas rotas utilizadas.
✅ Medição – Erros no cálculo do tempo médio de entrega.
Com essas informações, a empresa tomou as seguintes ações:
✔ Melhorou o planejamento de rotas.
✔ Contratou mais entregadores para os horários de pico.
✔ Revisou a embalagem dos produtos para reduzir reembalagens desnecessárias.
Em poucos meses, as entregas se tornaram mais rápidas e eficientes, reduzindo as reclamações dos clientes.
Conclusão
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta poderosa para qualquer empresa que deseja melhorar processos, reduzir falhas e aumentar a qualidade. Sua aplicação é simples, mas altamente eficaz, ajudando gestores e equipes a identificar as verdadeiras causas dos problemas e definir soluções estratégicas.
Se você ainda não usa o Diagrama de Causa e Efeito, agora é o momento certo para implementá-lo e melhorar os resultados do seu negócio!
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